A TUCUNARÉ-Experimento I foi uma iniciativa do Biólogo e Pesquisador Ricardo Pugialli, que visava conciliar a pesquisa de técnicas regionais para Piscicultura com a produção de espécies de peixes tropicais para consumo.

   Em 1985 ele fundou o Sítio Tucunaré-Experimento I, onde passou a desenvolver e aplicar técnicas de policultivos de espécies de peixes tropicais e consorciamento com suínos e aves, utilizando sempre alimentação natural. A produção em massa de Alevinos, Alevinões, Juvenis e Reprodutores de peixes também foram a preocupação das pesquisas.

   De 1989 em diante passou a atuar como Consultor de Aquicultura e ministrou diversos cursos na área, para leigos e profissionais da área de Biologia.


   
Desde Fevereiro de 2014 vem trabalhando com Restauração Ecológica e Regeneração Natural de Florestas Periodicamente Inundáveis de Restinga no Rio de Janeiro.

   Em Setembro de 2015 participou do I CONOA - Congresso Nacional Online de Aquarismo, transmitido para o mundo todo via Internet. Apresentou a palestra "A Importância dos Aquários na Preservação dos Ecossistemas Marinhos".

    Em Abril de 2016 obteve o título de Mestre em Biologia Marinha e Ambientes Costeiros, pela Universidade Federal Fluminense.




    Iniciou suas pesquisas e produção com três espécies de Tilápias: Tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus), Tilápia de Zanzibar (Sarotherodon hornorum) e Tilápia Comum (Sarotherodon rendalli). Com o cruzamento das duas primeiras obteve as tilápias híbridas, em sua totalidade machos, próprias para a criação comercial.
   A última espécie, macro-herbívora, era utilizada para controle de macrófitas aquáticas e fornecimento de matéria viva para produção de farinha de peixe
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    Logo em seguida introduziu as seguintes espécies: Tucunaré (Cichla ocellaris), Carpa Comum (Cyprinus carpio var. comunis) e Carpa Espelho (Cyprinus carpio var. specularis). Inicou o consorciamento com suínos (Sus scrofa domesticus) tri-cross, obtidos pelo cruzamento de animais das raças Landrace, Duroc e Large White, animais de ótimo crescimento, rusticidade e baixo teor de gordura.
   Pastagens foram colocadas à disposição dos suínos para suplementação alimentar.

    Em 1987 estagiou na REBIO de Poço das Antas, RJ, onde fez parte do Projeto Mico Leão Dourado, pesquisando a Fauna Fitotelmata de Bromélias de Quatro Tipos de Florestas Degradadas, usadas pelos micos em sua rotina alimentar diária. Os resultados foram publicados na Revista Brasileira de Biologia, em 1989.

    O próximo projeto de Piscicultura foi a introdução do Tambaqui (Colossoma macropomum), do Pacu (Piaractus mesopotamicus), Apaiari (Astronotus ocellatus) e das chamadas Carpas Chinezas: Carpa Capim (Ctenopharyngodon idella), Carpa Prateada (Aristhichtys nobilis) e Carpa Cabeça-Grande (Hypophthalmichthys molitrix). Logo a reprodução induzida passou a ser empregada, utilizando as mais modernas técnicas de hipofização, garantindo a desova destas espécies migradoras.

    As Tilápias Vermelhas (híbridos do cruzamento de Sarotherodon mossambicus e Sarotherodon hornorum), foram a última espécie a ser introduzida. Estudos com o Pirarucu (Arapaima gigas) foram iniciados mas encontram-se suspensos.

    As pesquisas com policultivo tiveram início e o consorciamento foi incrementado com a introdução de Marrecos (Anas sp). Todas as rações, tanto para os peixes, como para os suínos e aves, eram produzidas com produtos internos: Milho (Zea mays) e Mandioca (Manihot esculenta) como fontes de energia, Algaroba (Prosopis juliflora) e Leucena (Leucaena leucocephala) como fontes de proteína vegetal, além de serem usadas como adubo verde e fixadoras de nitrogênio no solo, e Farinha de Tilápias como fonte de proteína animal.

    A alimentação natural dos peixes sempre foi o objetivo principal da TUCUNARÉ-Experimento I. Para isso, avançadas técnicas de obtenção de fito e zooplâncon foram introduzidas, via parceria com o especialista húngaro Dr. Sandor Nagy, da Universidade de Debrecen.

    Durante todos estes anos a TUCUNARÉ-Experimento I difunde estes conhecimentos de piscicultura regional, usando recursos naturais para produção comercial de peixes e subprodutos. Consultorias, Projetos, Palestras, Cursos, Orientação de Alunos, Artigos em Revistas e Livros são os veículos utilizados por Ricardo Pugialli para difundir suas técnicas e resultados

    A partir de Fevereiro de 2014 vem colhendo dados sobre Regeneração Natural de Florestas Periodicamente Inundáveis de Restingas no Rio de Janeiro, que fazem parte de Projetos de Restauração Ecológica desde 2002. Os primeiros resultados serão publicados em 2016.


     1988. Introdução ao Aquário Marinho. Aquarismo, 1 (2): 28.

     1988. Cavalos-Marinhos: Conselhos Práticos para uma Criação Bem-Sucedida. Aquarismo, 1 (3): 30-32.

     1988. Descapsulação de Cistos de Artemia salina. Aquarismo, 1 (4): 17.

     1988. Aquários Marinhos: Noções Básicas - 1a parte. Aquarismo, 1 (5): 8-9.

     1988. Aperfeiçoando o Fracionador de Espuma. Aquarismo, 1 (5): 30-31.

     1989. O Mundo do Aquário Marinho. Aquarismo, 2 (6): 22-27.

     1989. Densidade e Diversidade de Fauna Fitotelmata em Bromélias de Quatro Tipos de Florestas Degradadas.
                 Revista Brasileira de Biologia, 49 (1): 125-129.

     1989. Pomacanthus imperator (Anjo Imperador). Aquarismo, 2 (7): 9.

     1989. Caulerpa sp. Aquarismo, 2 (7): 10-11.

     1989. Maturação do Filtro Biológico. Aquarismo, 2 (8): 10-11.

     1989. Scorpaena porcus. Aquarismo, 2 (9): 3-4.

     1989. Criando Palhaços e Donzelas. Aquarismo, 2 (9): 42-45.

     1989. Doenças dos Peixes Tropicais Marinhos. 1a parte, Aquarismo, 2 (10): 24-27.

     1989. Invertebrados Marinhos I. Aquarismo, 2 (11 ): 4-5.

     1990. Invertebrados Marinhos II. Aquarismo, 3 (12): 12-14.

     1990. Doenças dos Peixes Tropicais Marinhos. 2a parte, Aquarismo, 3 (13): 4-5.

     1990. Controle Biológico em Aquários Marinhos. Aquarismo, 3 (15): 14-15.

     1990. Oceanário Comunitário – 1a parte. Aquarismo, 3 (16): 50-51.

     1990. Oceanário Comunitário – 2a parte. Aquarismo, 3 (17): 14-16.

     1991. Inimigos Invisíveis no Aquário. Aquarismo, 4 (18): 4-5.

     1991. Visita ao Costão Rochoso. Aquarismo, 4 (19): 14-15.

     1991. Cnidários em Oceanários. Aquarismo, 4 (20): 47-51.

     1991. O Falso Limpador. Aquarismo, 4 (20): 52-53.

     1991. Crinóides em Oceanário. Aquarismo, 4 (21 ): 54-56.

     1991. Criando Palhaços, e Donzelas – 2a parte. Aquarismo, 4 (22): 30-31.

     1991. Oceanários Comunitários - 3a parte. Aquarismo, 4 (22): 32-33.

     1991. Corais Artificiais no Oceanário. Aquarismo, 4 (23): 22-23




   1989. Oceanário - O Mundo do Aquário Marinho. Ed. Interciência.

   2000. Glossário Oceanográfico Ilustrado. Âmbito Cultural Edições.

   2001. Oceanário - O Mundo do Aquário Marinho. 2a edição. Âmbito Cultural Edições.

   2004. Manual de Criação de Tucunarés. Edição do autor.

    2016. Diversidade Funcional de Espécies Arbóreas na Regeneração Natural em Floresta de Restinga
                 Periodicamente Inundável em Restauração. Dissertação de Mestrado em Biologia Marinha e Ambientes
                 Costeiros, Universidade Federal Fluminense, Niterói.